O QUE É LÍNGUA?
Ricardo Schütz
14 de julho de 2009
Language is humankind’s distinctive feature.
Whether we think of rationality or sociability,
we are thinking of language. It is language
that makes us different from other species.
Já antes de Cristo, os filósofos gregos definiam o ser humano como um animal racional e social. Quer o consideremos um animal racional ou um animal social, estamos definindo-o como um animal que fala, pois tanto a racionalidade quanto a sociabilidade se fundamentam na linguagem.
A linguagem é a principal característica que distingue o ser humano das demais espécies. Em 1968 Noam Chomsky escreveu:
When we study human language, we are approaching what some might call the "human essence," the distinctive qualities of mind that are, so far as we know, unique to man. (Noam Chomsky, 100)
Para outros autores,
A language is a complete, complex, changing, arbitrary system of primarily oral symbols learned and used for communication within the cultural framework of a linguistic community. (Hector Hammerly, 26)
________________________________________
A language is the system of symbols with the most general meanings of any used by humans. These symbols are transmitted, usually as strings of sounds, one after another. They are used to communicate or store information, or even to design and think. The scientific study of the nature and structure of languages is called linguistics.
The symbols are words, and their meanings cover everything we humans deal with. Language is not perfect: it may not be good at describing the sensations we feel when riding a bike, but it's the best description we have. Music -- which is not language -- may be used to symbolize emotions, but without words music cannot tell you how to bake a cake.
When the symbols are transmitted only between locations in the brain, we are thinking in language. When the symbols are converted into sounds and the sounds are heard by others, we are talking or communicating. When the symbols are converted into bits in a computer or printed on paper, or when we write, we are storing information. (Thomas Eccardt)
O QUE É LÍNGUA?
Sob um aspecto técnico-analítico, línguas são sistemas de comunicação:
• criativos;
• arbitrários;
• fundamentalmente orais, complementarmente gráficos;
• compostos de símbolos com significados convencionalizados;
• que ocorrem dentro de uma determinada comunidade ou cultura, estando a ela intrinsecamente ligados;
• ao alcance de qualquer ser humano e assimilados intuitivamente por todos, de forma semelhante;
• possuindo, diferentes línguas, entre si, características universais.
Quanto à sua essência, línguas são fenômenos inerentes ao ser humano e semelhantes a ele próprio: sistemáticos porém complexos, arbitrários, irregulares, mostrando um acentuado grau de tolerância a variações, repletos de ambigüidades, em constante evolução aleatória e incontroláveis.
Quanto à sua origem, línguas são habilidades criadas por sociedades humanas, fruto da interação de seus membros.
Quanto à sua função, línguas podem ser definidas como sistemas de representação cognitiva do universo através dos quais as pessoas constroem suas relações. (Como uma freqüentadora de nosso site colocou, sem ter citado entretanto a fonte.) É um reflexo criativo influenciado pela cultura de seus falantes. Língua é também o principal instrumento de desenvolvimento cognitivo do ser humano. Como Vygotsky sustentou, existe uma profunda interdependência entre linguagem e pensamento, um fornecendo subsídios ao outro. Palavras que não representam uma idéia são como uma coisa morta, da mesma forma que uma idéia não incorporada em palavras não passa de uma sombra.
Language is a system of cognitive representation of the universe.
It is a creative reflection influenced by the culture of its speakers.
________________________________________
The limits of my language means the limits of my world.
(Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo.)
Ludwig Wittgenstein
O QUE É FLUÊNCIA EM LÍNGUAS?
Fluência oral é o aspecto mais importante da habilidade lingüística. Refere-se à continuidade de produção oral e intelectual da pessoa e reflete sua capacidade funcional quando interage em ambientes da língua e da cultura em questão. Representa um grau inverso ao número de interrupções, idéias não concluídas, falta de clareza e constrangimentos causados por diferenças culturais. Embora dependa de habilidades específicas como pronúncia, familiaridade com estruturas gramaticais e vocabulário, pode também ser influenciada pelo grau de interferência da língua materna e falta de familiaridade com a cultura, bem como por fatores psicológicos como inibição, perfeccionismo (excessiva preocupação com a forma em detrimento do conteúdo), preconceito lingüístico, etc. A fluência é difícil de ser medida e qualquer método de avaliação será inevitavelmente subjetivo em grande parte.
________________________________________
BIBLIOGRAFIA
Brown, H. Douglas. Principles of Language Learning and Teaching. Prentice Hall Regents, 1994.
Chomsky, Noam. Language and Mind. New York: Harcourt, 1968.
Eccardt, Thomas. The Museum of Human Language
Hammerly, Hector. Synthesis in Second Language Teaching. An Introduction to Languistics. Blaine, Wash.: Second Language Publications, 1982.
Vygotsky, L. S. Thought and Language. Cambridge, MA: The M.I.T. Press, 1985.
________________________________________
Não deixe de citar a fonte. Diga não ao plágio.
________________________________________
O uso dos materiais publicados neste site é livre. Pedimos apenas que todos respeitem a ética acadêmica citando a fonte e informando o endereço do site, para que outros possam também explorá-lo bem como ter acesso às atualizações e complementações que fazemos diariamente.
COMO FAZER UMA CITAÇÃO DESTA PÁGINA:
Schütz, Ricardo. "O que é língua?." English Made in Brazil
Observe que ao citar textos encontrados na internet, é necessário colocar a data, devido às freqüentes alterações que os mesmos podem sofrer.
HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA
Ricardo Schütz
Atualizado em 28 de março de 2008
________________________________________
The history of every language is unique, because each language is inherently bound to the thinking, nature, and spirit of a people, all of which are continuously altered by the twists and turns of events. (Crane, Yeager and Whitman. An Introduction to Linguistics)
________________________________________
INTRODUÇÃO
A língua inglesa é fruto de uma história complexa e enraizada num passado muito distante.
Há indícios de presença humana nas ilhas britânicas já antes da última era do gelo, quando as mesmas ainda não haviam se separado do continente europeu e antes dos oceanos formarem o Canal da Mancha. Esse recente fenômeno geológico que separou as ilhas britânicas do continente, ocorrido há cerca de 7.000 anos, também isolou os povos que lá viviam dos conturbados movimentos e do obscurantismo que caracterizaram os primórdios da Idade Média na Europa.
Sítios arqueológicos evidenciam que as terras úmidas que os romanos vieram a denominar de Britannia já abrigavam uma próspera cultura há 8.000 anos, embora pouco se saiba a respeito.
OS CELTAS
A história da Inglaterra inicia com os celtas.
Por volta de 1000 a.C., depois de muitas migrações, vários dialetos das línguas indo-européias tornam-se grupos de línguas distintos, sendo um desses grupos o celta. Os celtas se originaram presumivelmente de populações que já habitavam a Europa na Idade do Bronze. Durante cerca de 8 séculos, de 700 a.C. a 100 A.D., o povo celta habitou as regiões hoje conhecidas como Espanha, França, Alemanha e Inglaterra. O celta chegou a ser o principal grupo de línguas na Europa, antes de acabarem os povos celtas quase que totalmente assimilados pelo Império Romano.
A PRESENÇA ROMANA
Em 55 e 54 a.C. ocorrem as primeiras invasões romanas de reconhecimento, sob o comando pessoal de Júlio César. Em 44 A.D., à época do Imperador Claudius, ocorre a terceira invasão, quando então a principal ilha britânica é anexada ao Império Romano até os limites com a Caledônia (atual Escócia) e o latim começa a exercer influência na cultura celta-bretã. Três séculos e meio de presença das legiões romanas e seus mercadores, trouxeram profunda influência na estrutura econômica, política e social das tribos celtas que habitavam a Grã Bretanha. Palavras latinas naturalmente passaram a ser usadas para muitos dos novos conceitos.
OS ANGLO-SAXÕES
Devido às dificuldades em Roma enfrentadas pelo Império, as legiões romanas, em 410 A.D., se retiram da Britannia, deixando seus habitantes celtas à mercê de inimigos (Scots e Picts). Uma vez que Roma já não dispunha de forças militares para defendê-los, os celtas, em 449 A.D., recorrem às tribos germânicas (Jutes, Angles, Saxons e Frisians) para obter ajuda. Estes, entretanto, de forma oportunista, acabam tornando-se invasores, estabelecendo-se nas áreas mais férteis do sudeste da Grã-Bretanha, destruindo vilas e massacrando a população local. Os celtas-bretões sobreviventes refugiam-se no oeste. Prova da violência e do descaso dos invasores pela cultura local é o fato de que quase não ficaram traços da língua celta no inglês.
São os dialetos germânicos falados pelos anglos e pelos saxões que vão dar origem ao inglês. A palavra England, por exemplo, originou-se de Angle-land (terra dos anglos). A partir daí, a história da língua inglesa é dividida em três períodos: Old English, Middle English e Modern English. A segunda metade do século V, quando ocorreram as invasões germânicas, marca o início do período denominado Old English.
INTRODUÇÃO DO CRISTIANISMO
Em 432 A.D. St. Patrick inicia sua missão de levar o cristianismo à população celta da Irlanda. Em 597 A.D. a Igreja manda missionários liderados por Santo Agostinho para converter os anglo-saxões ao cristianismo. O processo de cristianização ocorre gradual e pacificamente, marcando o início da influência do latim sobre a língua germânica dos anglos-saxões, origem do inglês moderno. Esta influência ocorre de duas formas: introdução de vocabulário novo referente a religião e adaptação do vocabulário anglo-saxão para cobrir novas áreas de significado. A necessidade de reprodução de textos bíblicos representa também o início da literatura inglesa.
A introdução do cristianismo representou também a rejeição de elementos da cultura celta e associação dos mesmos a bruxaria. A observação ainda hoje de Halloween na noite de 31 de outubro é exemplo remanescente de cultura celta na visão do cristianismo.
Àquele período, a Inglaterra encontra-se dividida em sete reinos anglo-saxões e o Old English, então falado, na verdade não era uma única língua, mas sim uma variedade de diferentes dialetos.
Os dialetos do inglês antigo de antes do cristianismo eram línguas funcionais para descrever fatos concretos e atender necessidades de comunicação diária. O vocabulário de origem greco-latina introduzido pela cristianização expandiu a linguagem anglo-saxônica na direção de conceitos abstratos.
Ao final do século 8, iniciam os ataques dos Vikings contra a Inglaterra. Originários da Escandinávia, esses povos usavam de violência e seus ataques causaram destruição em muitas regiões da Europa. Os vikings que se estabeleceram na Inglaterra eram predominantemente provenientes da região hoje pertencente à Dinamarca e falavam Old Norse, ancestral do dinamarquês. Esses mais de 200 anos de presença de escandinavos na Inglaterra naturalmente exerceram influência sobre o Old English. Entretanto, devido à semelhança entre as duas línguas, torna-se difícil determinar esta influência com precisão.
OLD ENGLISH (500 - 1100 A.D.)
Old English, às vezes também também denominado Anglo-Saxon, comparado ao inglês moderno, é uma língua quase irreconhecível, tanto na pronúncia, quanto no vocabulário e na gramática. Para um falante nativo de inglês hoje, das 54 palavras do Pai Nosso em Old English, menos de 15% são reconhecíveis na escrita, e provavelmente nada seria reconhecido ao ser pronunciado. A correlação entre pronúncia e ortografia, entretanto, era muito mais próxima do que no inglês moderno. No plano gramatical, as diferenças também são substanciais. Em Old English, os substantivos declinam e têm gênero (masculino, feminino e neutro), e os verbos são conjugados.
A CONQUISTA DA INGLATERRA PELOS NORMANDOS NA BATALHA DE HASTINGS
A Batalha de Hastings em 1066, foi um evento histórico de grande importância na história da Inglaterra. Representou não só uma drástica reorganização política, mas também alterou os rumos da língua inglesa, marcando o início de uma nova era.
A batalha foi travada entre o exército normando, comandado por William, Duque da Normandia (norte da França), e o exército anglo-saxão liderado por King Harold, em 14 de outubro de 1066.
O predecessor de Harold havia tido fortes vínculos com a corte da Normandia e supostamente prometido o trono da Inglaterra para o Duque da Normandia. Após sua morte, entretanto, o conselho do reino apontou Harold como sucessor, levando William a apelar para a guerra como forma de impor seus pretensos direitos.
Veja como um artista do século 11 representou, em tapeçaria, a travessia do Canal da Mancha pelas tropas de William:
A sangrenta batalha só terminou ao fim do dia, com o Rei Harold e seus irmãos mortos e um saldo de 1500 a 2000 guerreiros mortos do lado normando e outros tantos ou mais, do lado inglês.
William havia conquistado em poucos dias uma vitória que romanos, saxões e dinamarqueses haviam lutado longa e duramente para alcançar. Ele havia conquistado um país de um milhão e meio de habitantes e provavelmente o mais rico da Europa, na época. Por esse feito ficou conhecido na história como William the Conqueror.
O regime que se instaurou a partir da conquista foi caracterizado pela centralização, pela força e, naturalmente, pela língua dos conquistadores: o dialeto francês denominado Norman French. O próprio William l não falava inglês e, por ocasião de sua morte em 1087, não havia uma única região da Inglaterra que não fosse controlada por um normando. Seus sucessores, William II (1087-1100) e Henry I (1100-1135), passaram cerca de metade de seus reinados na França e provavelmente possuíam pouco conhecimento de inglês.
Durante os 300 anos que se seguiram, principalmente nos 150 anos iniciais, a língua usada pela aristocracia na Inglaterra foi o francês. Falar francês tornou-se então condição para aqueles de origem anglo-saxônica em busca de ascensão social através da simpatia e dos favores da classe dominante.
MIDDLE ENGLISH (1100 - 1500)
O elemento mais importante do período que corresponde ao Middle English foi, sem dúvida, a forte presença e influência da língua francesa no inglês. Essa verdadeira transfusão de cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica, que durou três séculos, resultou principalmente num aporte considerável de vocabulário. Isto demonstra que, por mais forte que possa ser a influência de uma língua sobre outra, esta influência normalmente não vai além de um enriquecimento de vocabulário, dificilmente afetando a pronúncia ou a estrutura gramatical.
O passar dos séculos e as disputas que acabaram ocorrendo entre os normandos das ilhas britânicas e os do continente, provocam o surgimento de um sentimento nacionalista e, pelo final do século 15, já se torna evidente que o inglês havia prevalecido. Até mesmo como linguagem escrita, o inglês já havia substituído o francês e o latim como língua oficial para documentos. Também começava a surgir uma literatura nacional.
Muito vocabulário novo foi incorporado com a introdução de novos conceitos administrativos, políticos e sociais, para os quais não havia equivalentes em inglês. Em alguns casos, entretanto, já existiam palavras de origem germânica, as quais, ou acabaram desaparecendo, ou passaram a coexistir com os equivalentes de origem francesa, em princípio como sinônimos, mas, com o tempo, adquirindo conotações diferentes. Exemplos:
Anglo-Saxão Francês Anglo-Saxão Francês Anglo-Saxão Francês
answer
begin
bill
chicken
clothe
come
end
fair
feed respond
commence
beak
poultry
dress
arrive
finish
beautiful
nourish folk
freedom
ghost
happiness
help
hide
house
hunt
kin people
liberty
phantom
felicity
aid
conceal
mansion
chase
relations kingly
look
pig
sheep
shut
sight
wish
work
yearly royal
search
pork
mutton
close
vision
desire
labor
annual
Pequenas diferenças dialetais resultantes desta simbiose entre diferentes grupos sociais e suas respectivas línguas podem ser observadas ainda atualmente. Nos meios intelectuais das classes mais privilegiadas dos países de língua inglesa existe até hoje uma tendência a um uso maior de palavras de origem latina. De acordo com o norte-americano Pat Brown, freqüentador do fórum de discussões deste site,
The split between the French-speaking Normans and peasant English-speaking Saxons still exists today in a curious fashion. The Normans, as the conquerors and rulers, became the upper-class of England and their speech metamorphosed into today's well-educated English - composed primarily of Latin-based vocabulary. The common everyday speech of most modern English speakers however is still directly based on the Anglo-Saxon.
Além da influência do francês sobre seu vocabulário, o Middle English se caracterizou também pela gradual perda de declinações, pela neutralização e perda de vogais atônicas em final de palavra e pelo início do Great Vowel Shift.
THE GREAT VOWEL SHIFT
Uma acentuada mudança na pronúncia das vogais do inglês ocorreu principalmente durante os séculos 15 e 16. Praticamente todos os sons vogais, inclusive ditongos, sofreram alterações e algumas consoantes deixaram de ser pronunciadas. De uma forma geral, as mudanças das vogais corresponderam a um movimento na direção dos extremos do espectro de vogais, como representado no gráfico abaixo.
PRONÚNCIA
ANTES DO SÉCULO 15 PRONÚNCIA
MODERNA
fine /fi:ne/
hus /hu:s/
ded /de:d/, semelhante a dedo em português
fame /fa:me/, semelhante à atual pronúncia de father
so /só:/, semelhante à atual pronúncia de saw
to /to:/, semelhante à atual pronúncia de toe /fayn/
house /haws/
deed /diyd/
/feym/
/sow/
/tuw/
O sistema de sons vogais da língua inglesa antes do século 15 era bastante semelhante ao das demais línguas da Europa ocidental, inclusive do português de hoje. Portanto, a atual falta de correlação entre ortografia e pronúncia do inglês moderno, que se observa principalmente nas vogais, é, em grande parte, conseqüência desta mudança ocorrida no século 15.
MODERN ENGLISH (a apartir de 1500)
Enquanto que o Middle English se caracterizou por uma acentuada diversidade de dialetos, o Modern English representou um período de padronização e unificação da língua. O advento da imprensa em 1475 e a criação de um sistema postal em 1516 possibilitaram a disseminação do dialeto de Londres - já então o centro político, social e econômico da Inglaterra. A disponibilidade de materiais impressos também deu impulso à educação, trazendo o alfabetismo ao alcance da classe média.
A reprodução e disseminação de uma ortografia finalmente padronizada, entretanto, coincidiu com o período em que ocorria ainda a Great Vowel Shift. As mudanças ocorridas na pronúncia a partir de então, não foram acompanhadas de reformas ortográficas, o que revela um caráter conservador da cultura inglesa. Temos aí a origem da atual falta de correlação entre pronúncia e ortografia no inglês moderno. D’Eugenio assim explica o que ocorreu:
O processo de padronização da língua inglesa iniciou em princípios do século 16 com o advento da litografia, e acabou fixando-se nas presentes formas ao longo do século 18, com a publicação dos dicionários de Samuel Johnson (figura ao lado) em 1755, Thomas Sheridan em 1780 e John Walker em 1791. Desde então, a ortografia do inglês mudou em apenas pequenos detalhes, enquanto que a sua pronúncia sofreu grandes transformações. O resultado disto é que hoje em dia temos um sistema ortográfico baseado na língua como ela era falada no século 18, sendo usado para representar a pronúncia da língua no século 20. (319, minha tradução)
Da mesma forma que os primeiros dicionários serviram para padronizar a ortografia, os primeiros trabalhos descrevendo a estrutura gramatical do inglês influenciaram o uso da língua, incorporando conceitos gramaticais das línguas latinas e trazendo uma uniformidade gramatical. Durante os séculos 16 e 17 ocorreu o surgimento e a incorporação definitiva do verbo auxiliar do para frases interrogativas e negativas. A partir do século 18 passou a ser considerado incorreto o uso de dupla negação numa mesma frase como, por exemplo: She didn't go neither.
SHAKESPEARE
William Shakespeare (1564-1616), representou uma forte influência no desenvolvimento de uma linguagem literária. Sua imensa obra é caracterizada pelo uso criativo do vocabulário então existente, bem como pela criação de palavras novas. Substantivos transformados em verbos e verbos em adjetivos, bem como a livre adição de prefixos e sufixos e o uso de linguagem figurada são freqüentes nos trabalhos de Shakespeare.
Ao mesmo tempo em que a literatura se desenvolvia, o colonialismo britânico do século 19, levava a língua inglesa a áreas remotas do mundo, proporcionando contato com culturas diferentes e trazendo novo enriquecimento ao vocabulário do inglês.
Desde o início da era cristã até o século 19, seis idiomas chegaram a ser falados na Inglaterra: Celta, Latim, Old English, Norman French, Middle English e Modern English. Essa diversidade de influências explica o fato de ser o inglês uma língua menos sistemática e menos regular, quando comparado às línguas latinas e mesmo ao alemão. Poderia nos levar a concluir também que o inglês de hoje pode ser comparado a uma colcha feita de retalhos de tecidos de origem das mais diversas.
AMERICAN ENGLISH
A esperança de alcançar prosperidade e os anseios por liberdade de religião foram os fatores que determinaram a colonização da América do Norte. A chegada dos primeiros imigrantes ingleses em 1620, marca o início da presença da língua inglesa no Novo Mundo.
À época da independência dos Estados Unidos, em 1776, quando a população do país chegava perto de 4 milhões, o dialeto norte-americano já mostrava características distintas em relação aos dialetos das ilhas britânicas. O contato com a realidade de um novo ambiente, com as culturas indígenas nativas e com o espanhol das regiões adjacentes ao sul, colonizadas pela Espanha, provocou um desenvolvimento de vocabulário diverso do inglês britânico.
Hoje, entretanto, as diferenças entre os dialetos britânicos e norte-americanos estão basicamente na pronúncia, além de pequenas diferenças no vocabulário. Ao contrário do que aconteceu entre Brasil e Portugal, Estados Unidos da América e Inglaterra mantiveram fortes laços culturais, comerciais e políticos. Enquanto que o português ao longo de 4 séculos se desenvolveu em dois dialetos substancialmente diferentes em Portugal e no Brasil, as diferenças entre os dialetos britânico e norte-americano são menos significativas.
O INGLÊS COMO LÍNGUA DO MUNDO
Fatos históricos recentes explicam o atual papel do inglês como língua do mundo.
Em primeiro lugar, temos o grande poderio econômico da Inglaterra nos séculos 18, 19 e 20, alavancado pela Revolução Industrial, e a conseqüente expansão do colonialismo britânico. Esse verdadeiro império de influência política e econômica atingiu seu ápice na primeira metade do século 20, com uma expansão territorial que alcançava 20% das terras do planeta. O British Empire chegou a ficar conhecido como "the empire where the sun never sets" devido à sua vasta abrangência geográfica, provocando uma igualmente vasta disseminação da língua inglesa.
Em segundo lugar, o poderio político-militar do EUA a partir da segunda guerra mundial e a marcante influência econômica e cultural resultante, acabaram por deslocar o francês como língua predominante nos meios diplomáticos e solidificar o inglês na posição de padrão das comunicacões internacionais. Simultaneamente, ocorre um rápido desenvolvimento do transporte aéreo e das tecnologias de telecomunicação. Surgem os conceitos de information superhighway e global village para caracterizar um mundo no qual uma linguagem comum de comunicação é imprescindível.
________________________________________
RESUMO CRONOLÓGICO
• 10.000 - 6.000 a.C. - Sítios arqueológicos evidenciam a presença do homem nas terras que encontravam-se ainda unidas ao continente europeu e que os romanos posteriormente viriam a denominar de Britannia.
• 1.200 - 600 a.C. - Celtas se estabelecem na Europa e ilhas britânicas, marcando a partir daí sua presença na Europa por cerca de 8 séculos, antes de sua quase completa assimilação pelo Império Romano.
• 55 e 54 a.C. - Primeiras incursões romanas de reconhecimento, sob o comando de Júlio César.
• 44 A.D. - Legiões romanas, à época do Imperador Claudius, invadem e anexam a principal ilha britânica.
• 50 A.D. - Os romanos fundam Londinium às margens do Tâmisa.
• 410 A.D. - Legiões romanas se retiram das ilhas britânicas para defender Roma de ataques dos bárbaros.
• 432 A.D. - St. Patrick inicia sua missão de cristianizar a Irlanda.
• 450 - 550 A.D. - Tribos germânicas (anglos e saxões) se estabelecem na Britannia após a saída das legiões romanas. Início do período Old English.
• 500 - 1100 - Período que corresponde ao Old English.
• 465 A.D. - Suposta data de nascimento do lendário Rei Artur.
• 597 A.D. - Chegada de Santo Agostinho e seus missionários para converter os anglo-saxões ao cristianismo. Inicia o primeiro período de influência do latim na língua anglo-saxônica.
• 600 A.D. - A Inglaterra encontra-se dividida em 7 reinos anglo-saxões.
• 787 - 1000 A.D. - Ataques escandinavos (Vikings).
• 871 A.D. - Coroação do King Alfred, rei dos saxões do oeste, reconhecido como rei da Inglaterra após ter expulsado os Vikings.
• 1066 - Batalha de Hastings, em que os franceses normandos, liderados por William, derrotam Harold, conquistando a Inglaterra e dando início a um período de 350 anos de forte influência do francês sobre o inglês.
• 1066-1087 - Reinado de William I (William the Conqueror), primeiro rei normando.
• 1087-1100 - Reinado de William II, filho de William I e segundo rei normando.
• 1100-1135 - Reinado de Henry I, também filho de William I, o terceiro rei normando e o primeiro a ter uma esposa britânica (Mathilda of Scotland). É provável que Henry I tivesse algum domínio sobre o inglês, e foi em seu reinado que as diferenças entre as sociedades anglo-saxônica e normanda começaram a lentamente diminuir.
• 1100 - 1500 - Período que corresponde ao Middle English.
• 1204 - King John, Rei da Inglaterra, entra em conflito com o Rei Philip da França, marcando o início de um novo período de valorização do sentimento nacionalista inglês.
• 1300 - Robert of Gloucester faz referência à língua inglesa como sendo ainda uma língua falada na Inglaterra apenas por "low people".
• 1362 - Inglês é usado, pela primeira vez, na abertura do Parlamento Inglês.
• 1400 - 1600 - Período em que ocorrem com mais intensidade as mudança de vogais (Great Vowel Shift).
• 1475 - Advento da imprensa, dando início a uma padronização da ortografia e levando à disseminação da forma ortográfica do dialeto de Londres.
• 1500 até hoje - Período correspondente ao Modern English.
• 1516 - Henrique VIII cria o primeiro sistema postal da Inglaterra.
• 1558 - Início do reinado de Elizabeth I (filha de Henrique VIII) e da era elisabetana, período caracterizado por um substancial aumento do vocabulário do inglês e pelas monumentais obras literárias de Spenser, Shakespeare e Jonson.
• 1564 - Nascimento de William Shakespeare.
• 1603 - Morte de Elizabeth I e fim do período elisabetano.
• 1611 - A Igreja da Inglaterra publica a King James Bible, que exerceu grande influência na linguagem de então.
• 1616 - Falecimento de William Shakespeare.
• 1620 - Os Pilgrims chegam à America do Norte e estabelecem a Colônia de Plymouth.
• 1755 - Samuel Johnson publica A Dictionary of the English Language, trazendo estabilidade à língua inglesa.
• 1762 - Bishop Robert Lowth publica Short Introduction to English Grammar, a primeira gramática influente da língua inglesa.
• 1776 - Declaração da independência dos Estados Unidos.
• 1700 - 1900 - Revolução Industrial, a qual alavancou o poderio econômico da Inglaterra, permitindo a expansão do colonialismo britânico e conseqüentemente da língua inglesa no século 19.
• 1806 - Ano de publicação do primeiro dicionário de Noah Webster: A Compendious Dictionary of the English Language.
• 1890 - 1920 - Apogeu do Império Britânico.
• 1928 - Ano de publicação da primeira edição do Oxford English Dictionary (OED), em 12 volumes e contendo cerca de 415 mil entradas.
• 1945 - Fim da segunda guerra mundial, marca o início de um período de influência político-militar dos EUA e uma conseqüente influência econômica e cultural decisiva para o papel do inglês como língua internacional nos dias de hoje.
• 1989 - Ano de publicação da segunda edição do Oxford English Dictionary (OED), em 20 volumes e em CD-ROM, contendo mais de 500 mil entradas.
• 1985 - 1995 - Surgimento da Internet.
________________________________________
BIBLIOGRAFIA
Cambridge, Corpus Christi College 140 [WSCp], Lord's Prayer - a translation of the Gospels written in Bath in the first half of the 11th century; edited by Liuzza (1994). Read by Cathy Ball (Department of Linguistics, Georgetown University) for Edward Vanetten's Sunday School class.
Crack, Glen Ray. Battle of Hastings 1066
Crane, L. Ben, Edward Yeager and Randal L. Whitman. An Introduction to Linguistics. Boston: Little, Brown & Co., 1981.
Crystal, David. The Cambridge Encyclopedia of the English Language. Cambridge University Press, 1999.
D'Eugenio, Antonio. Major Problems of English Phonology. Foggia, Italy: Atlantica, 1982.
Encarta 97 Encyclopedia. Microsoft, 1997.
McArthur, Tom. The Oxford Companion to the English Language. Oxford, 1992.
Norton-Taylor, Duncan. The Celts. Time Inc, 1974.
Wallbank, T. Walter, Alastair M. Taylor and Nels M. Bailkey. Civilization Past and Present. Scott, Foresman & Co., 1962.
________________________________________
OUTROS SITES SOBRE A HISTÓRIA DO INGLÊS:
Merriam-Webster's History of English - The excellent Merriam-Webster's version of the history of the English language. link
English Through the Ages - Very complete text plenty of linguistic information and sample texts in Old and Middle English. link
Internet Resources for the History of English - A collection of links about the history of English by the University of Wisconsin, USA. link
________________________________________
Não deixe de citar a fonte. Diga não ao plágio.
O INGLÊS COMO LÍNGUA INTERNACIONAL
Assim como não é a direção do vento que determina o rumo do navegador,
não é a língua que o mundo fala que determinará o nosso destino.
In the same way that the direction of the wind doesn't determine the sailor's destination,
the language we speak will not determine our destiny.
Ricardo Schütz
Atualizado em 3 de junho de 2009
O PASSADO
Analfabetismo era comum na Idade Média. Quando um rei precisava comunicar-se com outro, contratava um escriba para desenhar a mensagem em linguagem escrita. É fato sabido, por exemplo, que Carlos Magno, no século VIII, era analfabeto. A inexistência da imprensa dificultava a padronização da ortografia, fazendo da escrita uma arte complexa. A arte de bem escrever era uma habilidade profissional especializada, ao alcance de poucos. Esta talvez seja a razão pela qual em 1500 a expedição portuguesa sob o comando de Pedro Álvares Cabral trouxe Pero Vaz de Caminha como escrivão da armada.
Por volta de 1700 o índice de pessoas alfabetizadas na Europa era de apenas de 30 a 40 por cento. Esse mesmo índice, por volta de 1850, já era de 50 a 55 por cento, enquanto que durante a segunda metade do século 19 a habilidade de escrever tornou-se uma qualificação básica do ser humano. No século 20 o analfabetismo tornou-se definitivamente uma deficiência intolerável em qualquer plano social, em qualquer profissão. Um analfabeto nos países desenvolvidos de hoje seria uma pessoa totalmente marginalizada.
Isto que aconteceu com a habilidade de ler e escrever, está começando a acontecer com a habilidade de se dominar uma segunda língua. Se compararmos a importância de se falar uma língua estrangeira 50 anos atrás com a necessidade hoje da pessoa ser bilíngüe, pode-se facilmente entender a ameaça que o monolingüismo representa e imaginar o problema em que se constituirá quando nossos filhos tornarem-se adultos.
FATOS HISTÓRICOS RECENTES
A história, ao coroar o inglês como língua do mundo, sentenciou o monolingüismo nos países de língua não-inglesa a se tornar o analfabetismo do futuro. Mas como isso aconteceu?
Em primeiro lugar, devido ao grande poderio econômico da Inglaterra no século 19, alavancado pela Revolução Industrial, e a conseqüente expansão do colonialismo britânico, o qual chegou a alcançar uma vasta abrangência geográfica e uma igualmente vasta disseminação da língua inglesa.
Em segundo lugar, devido ao poderio político-militar do EUA a partir da segunda guerra mundial, e à marcante influência econômica e cultural resultante, que acabou por deslocar o Francês dos meios diplomáticos e solidificar o inglês na posição de padrão das comunicações internacionais.
O PRESENTE
A atual busca de informação aliada à necessidade de comunicação em nível mundial já fez com que o inglês fosse promovido de língua dos povos americano, britânico, irlandês, australiano, neozelandês, canadense, caribenhos, e sul-africano, a língua internacional. Enquanto que o português é atualmente falado em 4 países por cerca de 195 milhões de pessoas, o inglês é falado como língua materna por cerca de 400 milhões de pessoas, tendo já se tornado a língua franca, o Latim dos tempos modernos, falado em todos os continentes por cerca de 800 milhões de pessoas (Todd iv, minha tradução).
Estimativas mais radicais, incluindo falantes com níveis de menor percepção e fluência, sugerem a existência atualmente de um total superior a um bilhão. (Crystal 360, minha tradução)
Além disso, há estimativas de que 85% das publicações científicas do mundo; 75% de toda comunicação internacional por escrito, 80% da informação armazenada em todos os computadores do mundo e 90% do conteúdo da Internet são em inglês.
Acrescente-se a isso a redução de custos de passagens aéreas, o que aumenta contatos internacionais em nível interpessoal. Em paralelo, a atual revolução das telecomunicações proporcionada pela informática, pela fibra ótica, e por satélites, despejando informações via TV ou colocando o conhecimento da humanidade ao alcance de todos via INTERNET, cria o conceito de auto-estrada de informações. Estes dois fatores bem demonstram como o mundo evoluiu a ponto de tornar-se uma vila global, e o quanto necessário é que se estabeleça uma linguagem comum.
Ao assumir este papel de língua global, o inglês torna-se uma das mais importantes ferramentas, tanto acadêmicas quanto profissionais. É hoje inquestionavelmente reconhecido como a língua mais importante a ser adquirida na atual comunidade internacional. Este fato é incontestável e parece ser irreversível. O inglês acabou tornando-se o meio de comunicação por excelência tanto do mundo científico como do mundo de negócios.
Philip B. Gove, no seu prefácio ao Webster's Third New International Dictionary ilustra:
Parece bastante claro que antes do término do século 20 todas as comunidades do mundo vão ter aprendido a se comunicar com o resto da humanidade. Neste processo de intercomunicação a língua inglesa já se tornou a língua mais importante no planeta. (5a, minha tradução)
E David Crystal acrescenta:
À medida em que o inglês se torna o principal meio de comunicação entre as nações, é crucial garantirmos que seja ensinado com precisão e eficientemente. (3, minha tradução)
O FUTURO
Hoje já é previsível que dinheiro e riqueza material serão substituídos por informação e conhecimento, como fatores determinantes na estruturação da futura sociedade humana e proficiência na linguagem de então será essencial para se alcançar sucesso. ENGLISH – THE INTERNATIONAL LANGUAGE
THE BACKGROUND
Illiteracy in the Middle Ages was common. When one king needed to communicate with another, he would hire a scribe to draw the message in written language. It is well known the fact that Charlemagne (8th century) was illiterate. The unavailability of printing made writing systems non-standard and complex. The art of writing was a professional skill not available to everyone. That is perhaps one of the reasons why the Portuguese expedition with Pedro Álvares Cabral in command brought Pero Vaz de Caminha as the official writer.
By 1700, Europe's literacy rate ranged from 30 to 40 percent; by 1850, 50 to 55 percent; and by the second half of the 19th century writing became a basic qualification in the human societies. In the 20th century illiteracy became definitely an ailment in any field, in any profession. Today an illiterate person in a developed country is an outcast.
What happened with the skills of reading and writing will soon happen with the ability to speak a second language. If we compare the importance of speaking a foreign language 50 years ago with the necessity it represents today, we can foresee how important it will be by the time our children become adults.
RECENT HISTORY
By electing English as the world language, the history sentenced monolingualism to become the illiteracy of the coming future. But how did it happen?
As a result of the Industrial Revolution, the British economic predominance in the 19th century paved the way for a colonialism of large geographical reach that spread the English language in the world.
More importantly, the strong political and military predominance of the U.S. after World War II paved the way for a substantial economic and cultural influence that displaced French from the sphere of diplomacy and fixed English as the standard for international communication.
THE PRESENT SCENE
Today's search for information and need for global communication have already promoted English from being the language of the American, the British, the Irish, the Australian, the New Zealand, the Canadian, the Caribbean, and the South African peoples to being the international language. While portuguese is spoken in 4 countries by approximately 195 million people, English is spoken as a native language by nearly four hundred million people and has become a lingua franca, the Latin of the modern world, "spoken in every continent by approximately eight hundred million people" (Todd iv).
More radical estimates, which include speakers with a lower level of language fluency and awareness, have suggested that the overall total is these days well in excess of 1,000 million. (Crystal 360)
In addition, it is estimated that 85 percent of all scientific publications, 75 percent of all international communication in writing, 80 percent of all information in the world's computers, and 90 percent of Internet content are in English.
The inexpensiveness of air transportation has increased interpersonal contacts worldwide. Computer, optical fiber, and satellite technologies likewise have made possible a boom in telecommunications, bringing up the concept of information superhighway. These two developments demonstrate how the world has evolved into a global village and how imperatively a standard language is required.
In its role as a global language, English has become one of the most important academic and professional tools. The English language is recognized as undoubtedly the most important language for the increasingly mobile international community to learn. This is a fact that seems to be irreversible. English has become the official language of the business and scientific worlds.
Philip B. Gove in his preface to Webster's Third New International Dictionary illustrates this point:
It is now fairly clear that before the twentieth century is over every community of the world will have learned how to communicate with all the rest of humanity. In this process of intercommunication the English language has already become the most important language on earth. (5a)
And David Crystal adds:
As English becomes the chief means of communication between nations, it is crucial to ensure that it is taught accurately and efficiently, ... (3)
THE FUTURE
It is predictable today that wealth will give way to knowledge and information in determining the shape of the future human society, and speaking the common world language will be fundamental to achieve success.
You don't need long arms to embrace the world; you need English.
________________________________________
REFERENCES
Ammon, Ulrich. The Dominance of English as a Language of Science. Walter de Gruyter, 2001
Crystal, David. English as a Global Language. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1997
Crystal, David. The Cambridge Encyclopedia of the English Language. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1999
Crystal, David. The Cambridge Encyclopedia of Language. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1997
Fromkin, Victoria, and Robert Rodman. An Introduction to Language. Orlando, FL: Harcourt Brace & Co., 1993.
Gove, Philip B. Preface. Webster's Third New International Dictionary. Springfield, MA: Merriam-Webster Inc., 1986.
Radwin, Eugene. Multimedia Encyclopedia. Grolier Inc., 1992.
Todd, Loreto, and Ian Hancock. International English Usage. New York: New York University Press, 1990.
________________________________________
A PRESENÇA DO INGLÊS E DO PORTUGUÊS NO MUNDO (dados estatísticos)
MONOLINGÜISMO: O ANALFABETISMO DOS TEMPOS MODERNOS
GLOBALIZAÇÃO E CONVERGÊNCIA DAS LÍNGUAS
TENDÊNCIAS E PROPOSTAS PARA O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA (slide show)
READ BRIAN'S OPINION ABOUT GLOBALIZATION
________________________________________
Não deixe de citar a fonte. Diga não ao plágio.
________________________________________
O uso dos materiais publicados neste site é livre. Pedimos apenas que todos respeitem a ética acadêmica citando a fonte e informando o endereço do site, para que outros possam também explorá-lo bem como ter acesso às atualizações e complementações que fazemos diariamente.
COMO FAZER UMA CITAÇÃO DESTA PÁGINA:
Schütz, Ricardo. "O Inglês como Língua Internacional." English Made in Brazil
Observe que ao citar textos encontrados na internet, é necessário colocar a data, devido às freqüentes alterações que os mesmos podem sofrer.
A PRESENÇA DO INGLÊS E DO PORTUGUÊS NO MUNDO
ENGLISH AND PORTUGUESE IN THE WORLD
ENGLISH PORTUGUESE
COUNTRIES Population
(million) % of native
speakers Native
speakers COUNTRIES Population
(million) % of native
speakers Native
speakers
United States 286 86 246 Brazil 175 100 175
United Kingdom 59 97 57 Portugal 10 100 10
Canada 32 63 20 Angola 13.5 60 8.1
Australia 20 85 17 Mozambique 18.6 20 3.7
New Zealand 4 95 3.8
Ireland 4 95 3.8
TOTAL 405 347.6 217.1 196.8
• Além dos 4 países de língua portuguesa acima relacionados, cabe mencionar mais 4, onde o português é usada como língua oficial: Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste. Estatisticamente, entretanto, os números desses países são pouco expressivos.
- Nas ilhas de Cabo Verde, a população é de apenas 435 mil habitantes dentre os quais, a maioria fala crioulo.
- Em Guiné-Bissau, com população de 1 milhão e 300 mil, apenas 2% falam português.
- Em São Tomé e Príncipe, a população é de apenas 140 mil.
- No Timor Leste, cuja população é de 750 mil, de 15% a 20% falam português.
• Devido à forte expansão do inglês atualmente, fica difícil determinar-se com precisão a quantidade de falantes de inglês e sua distribuição geográfica. Praticamente no mundo inteiro se fala inglês, mas nos 6 países acima fala-se predominantemente inglês como primeira língua.
• Os números acima referem-se a pessoas que falam inglês e português como primeira língua (L1). Se fossem considerados aqueles que possuem domínio sobre o inglês, porém como segunda língua (L2), a quantidade de anglófonos aumenta substancialmente em relação a lusófonos.
o No Canadá, a porcentagem de falantes de inglês aumenta de 63% para 83% (26,5 milhões), se for considerada a população bilíngüe que fala inglês como L2.
o A população estimada de falantes de inglês como L2 é significativa também nos seguintes países (em milhões):
Nigéria: ....... 43
Índia: .......... 37
Filipinas: ..... 36,4
Paquistão: ... 16
África do Sul: 10
Camarões: .... 6,6
Malásia: ......... 6
Nepal: ........... 6
o O número total de falantes de inglês no mundo, incluindo os países acima e outros menos expressivos, chega aproximadamente a 580 milhões. Conforme David Crystal, estimativas mais radicais, incluindo falantes com níveis de menor percepção e fluência, sugerem a existência atualmente de um total superior a um bilhão.
• Os dados acima são todos baseados em recenseamentos de 1995 e 2000, projetados para 2002.
REFERENCES
Crystal, David. English as a Global Language. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1997
Crystal, David. The Cambridge Encyclopedia of the English Language. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1999
Santos, JoãoXavier Mendes. "Países e Comunidades de Língua Portuguesa." Terra à Vista
Wright, John W. The New York Times 2002 Almanac. New York: Penguin, 2002.
________________________________________
Não deixe de citar a fonte. Diga não ao plágio.
________________________________________
O uso dos materiais publicados neste site é livre. Pedimos apenas que todos respeitem a ética acadêmica citando a fonte e informando o endereço do site, para que outros possam também explorá-lo bem como ter acesso às atualizações e complementações que fazemos diariamente.
COMO FAZER UMA CITAÇÃO DESTA PÁGINA:
Schütz, Ricardo. "O Inglês e o Português no Mundo." English Made in Brazil
Observe que ao citar textos encontrados na internet, é necessário colocar a data, devido às freqüentes alterações que os mesmos podem sofrer.
Fonte: http://www.sk.com.br/sk-stat.html